Advertências Empreendedoras 10: O OUVIR é arma do Empreendedor
“Nunca quebre o silêncio se não for para melhorá-lo”.
– L. V. Beethoven –
Hoje estamos numa sociedade onde conversamos muito, ou seja, falamos muito e ouvimos pouco. Nós ocidentais não temos a mesma sensibilidade de ouvir, de meditar e do silêncio que os orientais possuem. Eu mesmo sou de uma família onde as conversas correm soltas, muitos falam ao mesmo tempo, enfim, é uma algazarra total. Em certos aspectos é bom, tendo em vista que existe muita sincronia e amizade no seio da família.
No meio empresarial a arte de ouvir é muito valorizada, tendo em vista que o ouvinte fica absorvendo todas as informações e só fala o que é de seu interesse. Numa relação de compras ou de vendas, devemos nos preparar com antecedência para falar as frases certas, os gatilhos mentais que nos interessa, convencer o interlocutor para o que queremos negociar.
Em PROVÉRBIOS 17:27-28 o grande sábio Rei Salomão nos ensina que: “Refreia as suas palavras aquele que possui o conhecimento; e o homem de entendimento é de espírito sereno. Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido.” São reflexões que nos assevera a sabedoria do saber ouvir, do ouvir prestando atenção em quem está falando, pois, vemos muitas pessoas conversando conosco e teclando ao mesmo tempo no celular ou mudando a vista e o sentido para atender outrem.
Num mundo frenético que vivemos atualmente, a maioria das pessoas querem ser percebidas, querem ser valorizadas, querem ser ouvidas. O entendimento e a capacidade de ouvir, nos faz calmo, sereno e sem ansiedade no dia a dia dos negócios. Os empreendedores e empreendedoras são pessoas altamente ansiosas, que querem resultados imediatos, que não gostam de esperar e seus lemas são: eficiência e eficácia.
A escuta é uma das armas do EMPREENDEDOR para ouvir mais e realizar boas negociações e bons negócios. Veja isto: “Muitas vezes a escuta é apenas isso, escuta, e não requer nenhuma intervenção depois. Por outro lado, é necessária uma proximidade, criar um espaço quase compartilhado, para entender como a outra pessoa que está contando sua história se sente e, assim, poder se conectar com ela, criando mais cumplicidade e sintonia, e isso se tece com interesse e paciência. Compartilhar o silêncio nos leva também à união. É uma maneira de dizer ao outro que ele pode contar conosco, seja o que for que vai nos contar. Um verbo que vai desde o relato ao soletrar o passar dos dias em sua companhia. Quando nos damos conta de que nos sentimos mal por ver o outro sofrer com o que nos relata, entenderemos que escutar abre uma porta até o interior da outra pessoa. Eu quero que ele não sofra, quero saber realmente como ele se sente e não como eu acho que ele se sente. Quero que ele sinta que estou aqui e que não vou usar frases como “já sei”, “eu também”, “eu te entendo”… Por que essas frases realmente não ajudam, eu simplesmente vou estar aqui, ao seu lado, escutando.”
A arte de ouvir nos faz superiores no longo prazo e nos capacita para que possamos melhorar nossos relacionamentos, seja no campo profissional ou pessoal, com nossos pares ou com nossa família.
Pense nisso!!!
João Dilavor – Empreendedor Digital e Contador