Advertências Empreendedoras 11: O Preguiçoso não será Empreendedor
A preguiça é a mãe de todos os vícios e, como mãe, deve ser respeitada.
Eu li um livro chamado “O Direito à preguiça”, de Paul Lavargue, médico e genro de Karl Marx, escrito em 1883. Nele o autor faz severas críticas ao trabalho como escravidão do ser humano pelo capital financeiro e os meios de produção capitalistas. Naquela época, Lavargue já dizia que o Direito ao Trabalho, que todos nós em pleno 2018 achamos essencial, ele chamava de Direito à Miséria.
Lavargue conclui seu livro com: “Ó Preguiça, tem piedade de nossa longa Miséria! Ó Preguiça, mãe das artes e das nobres virtudes, sê o bálsamo das angústias humanas!” Lavargue queria que os trabalhadores, como todos os outros profissionais, homens, mulheres e crianças, tivessem o direito de trabalhar para se sustentar, mas ao mesmo tempo não fossem escravos do trabalho nem dos empregadores.
Naquela época, e até pouco tempo atrás, só tinha oportunidade de ser empresário e ter seu negócio próprio poucos burgueses e integrantes de famílias já abastadas. Isto mudou com a tecnologia da informação e comunicação e a internet. A criação de megaempresas somente com uma boa ideia, as startups, tem sido um diferencial e uma grande mudança de paradigma. Junto com essa tecnologia chamada também de cibernética, veio um termo muito utilizado, que é o empreendedorismo, um jeito de viver e de empreender diferente do passado não tão longínquo.
O Sábio Rei Salomão, em PROVÉRBIOS 21:23-26, assevera que “Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento. O vaidoso e arrogante chama-se zombador; ele age com extremo orgulho. O preguiçoso morre de tanto desejar e de nunca pôr as mãos no trabalho. O dia inteiro ele deseja mais e mais, enquanto o justo reparte sem cessar.” Estas são sábias palavras do Rei mais empreendedor da humanidade. O empreendedor precisa ter cuidado com o que fala, o que promete, o que negocia, enfim, quais suas relações com os clientes internos e externos da sua empresa. Como será o clima organizacional de sua pequena empresa, que logo, logo poderá ser uma grande empresa?
O empreendedor não deve ser orgulhoso, por que o orgulho é um dos grandes males da humanidade. O orgulho desumaniza as pessoas e as deixa fora de si. A arrogância faz com que os empreendedores ou aspirantes a empreendedores não atinjam seus objetivos, e se atingirem, terão pouco sucesso, o sucesso será pueril.
O Preguiçoso mencionado pelo Rei Salomão é aquele que não tem ação nem atitude para fazer acontecer. É aquela pessoa que fica esperando tudo de mão beijada, como dizemos aqui no Brasil.
Já os justos gostam de repartir conhecimentos, materiais, ideias, oportunidades e até dinheiro. As pessoas de bem gostam de compartilhar, quando empreendem, na verdade estão compartilhando oportunidades de muitas pessoas realizarem seus sonhos, não são egoístas, pois QUEM QUER IR RÁPIDO vai sozinho, mas QUEM QUER IR LONGE vai acompanhado com muitas pessoas.
Pense nisso!!!
João Dilavor – Empreendedor Digital e Contador