EMPREENDEDOR não terceirize seus fracassos e suas culpas
A coisa mais cômoda hoje em dia é de se estar colocando a culpa de nossos fracassos
em todas as outras pessoas e coisas, menos em nós mesmos. Quem já não foi a um
atendimento de determinada Instituição, seja Clínica, Banco, Repartição Pública,
Escola, Hospital, etc., e não ouviu a célebre frase “O SISTEMA SAIU DO AR”. E aí? Se o
sistema passar três dias fora do ar as coisas não vão mais acontecer, a vida de muitas
pessoas vão parar por causa do sistema fora do ar? É um absurdo, mas é verdade. Não
existe um plano “B”, ninguém tem um plano de contingência. Depois da invenção da
Cibernética, muitos fracassos e desorganização de Organizações, sejam elas públicas
ou privadas, foram substituídos por deficiências e culpa dos softwares.
Essa terceirização de fracassos também acontece na nossa vida privada. Muitos dizem:
não passei em tal concurso, por que existia carta marcada, ou seja, algumas pessoas já
sabiam que iam ser aprovadas. Quando eu fazia concurso público nunca tive isso e
sempre passei em vários deles. Lembro de um concurso para o Banco do Nordeste do
Brasil, que existiam 1.600 candidatos para 30 vagas. Eu comecei a estudar e mentalizar
que não existiam 30 vagas, mas 29, por que uma já era minha. E isso era em 1978,
quando não existiam cursinhos preparatórios, apostilhas, celular, internet, ensino à
distância, não existia máquina de calcular, todas as contas eram feitas à mão. A
primeira prova foi logo de datilografia e eu lembro que estávamos 11 horas da manhã,
em fila na frente da agência do BNB de Iguatu (CE), um sol de rachar, aí somos
chamados para entrar no BNB com um ar condicionado geladinho. Isso fez com que
muitos, como eu, começasse a suar frio. Mudança de temperatura radical para jovens
de famílias paupérrimas. Resultado: trabalhei 16 anos no BNB, de 1982 a 1998.
Outras pessoas colocam a culpa de tudo em todas as outras pessoas, menos nela
mesma. Eu convivo com muitos parentes e amigos que são vítimas dos próprios
fracassos. Tudo que não deu certo nas vidas delas, a culpa foi a falta de tempo, a falta
de dinheiro, a falta de saúde, a falta de estudo, a falta de ajuda das outras pessoas, a
culpa foi do pai e da mãe que não fizeram nada por elas, a culpa foi a falta de amor, a
culpa é da crise, a culpa é da inflação, a culpa é que sou negro e pobre, foi a falta de
sorte, foi a internet que caiu, foram os políticos que aplicaram o dinheiro público onde
não devia, foi a Rede de Televisão A ou B, que induziu à tal atitude negativa, e assim
por diante.
Nós empreendedores não temos esse privilégio de estar procurando culpado em tudo
e em todos. Para ser empreendedor você precisa assumir riscos calculados e assumir
seus erros como seus e não como erros do ALÉM. Os erros e os fracassos são coisas
boas nas nossas vidas, apesar de sofrermos muito, mas são oportunidades de
aprendermos e procurarmos não errar mais, pelo menos naquele campo especifico.
Não seja escravo das circunstâncias, mas protagonista de sua própria vida. Ao invés de
dizer não consigo fazer esse trabalho por causa das circunstâncias, diga: sou capaz de realizar isso, apesar das circunstâncias. Todo empreendedor escreve a sua própria
história apesar dos pesares. Tenha bons resultados em tudo que for realizar e você
será AUTORIDADE no seu nicho de mercado ou na comunidade onde more e
desempenhe suas atividades. O fracasso faz parte da caminhada, mas não tenha medo,
por que o sucesso virá depois de muito trabalho, dedicação e paixão no que se faz.
Rumo ao topo.
Prof. João Dilavor