Gestão com Coaching: 6 Dores dos MPEs
Vivo e convivo com vários micros e pequenos empresários nesses últimos 30 anos. Observo muitas dores desses empresários e empreendedores, bem como muitas oportunidades perdidas por esse público. Nós fazemos analogia de DORES = PROBLEMAS, para designar as demandas existentes nos empreendimentos. E as oportunidades como insights, sacadas ou dicas de ideias transformadas em oportunidades de negócio que podem ser analgésicos das dores empresariais.
Na minha experiência detectei as fontes de algumas DORES dos Micros e Pequenos Empresários, como sendo: Funcionários ou Colaboradores – como é intrigante e complexo lidar com pessoas em qualquer tipo de empresa, quaisquer ramos de negócios, enfim, a gente acha que sabe lidar com pessoas, mas a prática nos revela surpresas, muitas delas desagradáveis. Então, vejo que muitos MPEs ainda hoje não assinam as carteiras de trabalho dos seus colaboradores, ou pagam um valor e assinam a carteira com valores inferiores, aceitam trabalhadores recebendo seguro-desemprego, enfim, cometem diversas infrações que numa fiscalização da justiça do trabalho o resultado é desastroso. Por experiência própria, assine a Carteira de Trabalho da Previdência Social – CTPS, com os valores acordados e pagos a cada colaborador, sem exceção, não facilite e não trabalhe pensando em ter lucros nesse sentido no curto prazo. Pense no longo prazo e constate que é a maneira certa e a melhor opção para o longo prazo, para que teu empreendimento seja duradouro.
A segunda DOR são os Clientes. Os clientes são a razão de ser de qualquer empreendimento, seja ele de qualquer atividade empresarial. Mantenha bons canais e um bom relacionamento com seus clientes, para tentar fidelizá-los, mantê-los satisfeitos e felizes com nosso produto (Bem ou Serviço).
A terceira DOR são as Compras. As compras fazem parte do portfólio de prioridades dos empreendimentos comerciais e industriais, por que é nas compras que se consegue diferenciais competitivos para alavancar as vendas com maior lucratividade. Na maioria das MPEs, que são familiares, as compras são feitas pelo Empreendedor principal, por seu cônjuge, filho, parente próximo ou pessoa de muita confiança. Para observarmos a relevância dessa área estratégica das micros e pequenas empresas.
A quarta DOR são os Impostos ou Tributos. Os impostos precisam ser acompanhados de perto pelo Empreendedor principal da MPE, pois, isso garantirá a fiel observância da movimentação comercial de seu negócio. Não delegue essa atividade de olhar, mensalmente, quanto foi calculado de impostos, quanto foi gerado de notas fiscais de vendas e de compras, como está o estoque de produtos da tua empresa, enfim, é uma atividade que se faz em menos de meia hora e serve para o Gestor se inteirar da real situação fiscal da sua empresa. A cultura empreendedora brasileira, para alguns, é de “pagar poucos impostos, ou menos”, mas o que é isto? Resumindo, a maioria dos MPEs não gosta de pagar impostos por “n” razões, mas eu sempre brinco com alguns que eu queria pagar R$ 1.000.000,00 todo mês de impostos por que seria o caso de eu estar faturando mais de R$10.000.000,00 por mês, tendo em vista, que na minha visão só paga impostos diretamente quem produz e vende bens ou serviços. Os outros consumidores pagam impostos indiretamente.
A quinta DOR são os Fornecedores. Construa uma Rede de Fornecedores parceiros para o seu negócio, onde possa confiar na qualidade dos produtos, na entrega adequada, numa boa prestação de serviços, enfim, a Carteira de fornecedores faz parte das parcerias-chave de qualquer empreendimento. Sempre renove e mantenha-se ligado nos preços e condições dos fornecedores atuais.
A sexta e última DOR ou PROBLEMA é a Burocracia brasileira. Essa questão da burocracia como sendo a maneira do SETOR PÚBLICO emperrar o desenvolvimento do país com normas esdrúxulas e atitudes que desmotivam o ânimo dos empreendedores em qualquer segmento de mercado. Todavia, a contratação de uma ASSESSORIA CONTÁBIL capaz e de qualidade faz com que a maioria das pendências sejam resolvidas na forma da lei e com sucesso para os MPEs. Não aceite caminhos tortuosos nem facilidades ilícitas, por que na maioria das vezes sai mais caro. O barato sai caro. Pense nisso!!!
João Dilavor