RESILIÊNCIA EMPREENDEDORA

O empreendedorismo tradicional que conhecemos mostra que existe o empreendedor por iniciativa e por necessidade. Quando se tem oportunidade de empreender por decisão própria, planejando as ações desde o local onde vai funcionar a empresa, passando por qual atividade desenvolver, quais funcionários recrutar, como aprender o básico do empreendimento a ser criado, a fim de que o microempresário possa gerir seu negócio com mais maestria, as coisas fluem melhor.

Já empreender por necessidade, porque perdeu um bom emprego, porque participou de um plano de demissão voluntária de alguma grande empresa, ou recebeu uma herança, ou os pais querem que o jovem tome jeito na vida e precisa abrir um negócio para aprender a ser empresário, é bem mais arriscado e propenso ao fracasso. Nesse sentido já existem vários estudos de entidades ligadas às micros e pequenas empresas que demonstram cabalmente a falência da maioria desses empreendimentos.

Tenho mais de 30 anos convivendo com micros, pequenas e médias empresas que abriram suas portas nas duas modalidades de empreendedorismo acima explicitados. A conclusão que chego e que posso aconselhar muitos empresários é que “todo negócio próprio tem seus riscos”. O risco é inerente à atividade de empreender. Faz parte do negócio. Entretanto, os frutos de se ter um negócio próprio não são só financeiros, são também prazerosos, de realização pessoal, de ajuda aos outros quando se abrem vários postos de trabalhos e se tem a noção de ajudar no sustento de várias famílias. Além da contribuição à sociedade onde se está inserido e o possível legado que se deixa para a posteridade.

Vou elencar aqui, agora, algumas epifanias[1] ou dicas poderosas para que qualquer pessoa possa abrir seu próprio negócio com menos possibilidade de fracasso.

  • Faça uma avaliação pessoal de como está a sua saúde física e mental;
  • Verifique suas economias e como você está sustentando sua família, se for o caso de ser casado e ter dependentes;
  • Se for empreender estando trabalhando noutra empresa e usando as horas “vagas” tenha cuidado para dar a atenção necessária nos dois ambientes, para que não seja injusto com quem está te pagando;
  • Se o negócio a ser aberto for de uma atividade que você tenha expertise, melhor ainda, porque você não terá dificuldades de arregimentar pessoas e materiais para o empreendimento; caso contrário estude bem a atividade;
  • Procure sócios. Muitos de nós não gosta de sócios por uma cultura da nossa região de achar que ninguém merece confiança, que os outros só querem roubar suas boas ideias, que você vai criar o maior negócio do mundo e que todo mundo está querendo copiar, etc.; isto é mito, bom sócio é muito bom, divide lucros mas também divide prejuízos, angustias e responsabilidades;
  • Procure alguém ou uma entidade que te ensine a fazer o quadro MODELO DE NEGÓCIOS e em seguida o PLANO DE NEGÓCIOS, para que você saiba quais são seus pontos fortes e fracos, seus clientes e fornecedores, o capital necessário e onde encontrar capital de investidores, os negócios que já deram certo e os que fracassaram nesse ramo de atividade pretendido, o capital humano, material e financeiro necessário para iniciar a empreitada e, principalmente, o tempo que você vai dedicar ao negócio;
  • Por último e não mais importante, o que você vai entregar de VALOR ao seu cliente? Não valor de troca financeira ou econômica, mas valor no sentido de utilidade e necessidade dos clientes. O que vai melhorar na vida dos clientes este produto ou serviço que você vai desenvolver? Não pense somente no dinheiro que você vai ganhar com a atividade econômica, pois o dinheiro será consequência da tua doação ao negócio, ao empreendimento.

Ufa!!! Comece logo esse negócio homem ou mulher de Deus!!!

Você viu que o empreendedorismo requer RESILIÊNCIA, mas essas 7 epifanias servirão para você pensar melhor antes de enfrentar qualquer atividade empreendedora com possibilidade de sucesso.

Sucesso e Deus te abençoe.

03.03.2017

 

Contador Prof. Dr. João F. de Lavor – Life Coach, Doutor em Educação, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Contador e Pedagogo. Experiência de 23 anos em 4 grandes bancos: Banco do Brasil, BRADESCO, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil S.A. – Professor universitário e sócio da Queiroz e Lavor Soluções Contábeis Ltda.

[1] Epifania significa aparição ou manifestação de algo, normalmente relacionado com o contexto espiritual e divino. Do ponto de vista filosófico, a epifania significa uma sensação profunda de realização, no sentido de compreender a essência das coisas.

João Lavor

Contador Prof. Dr. João F. de Lavor – Life Coach, Doutor em Educação, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Contador e Pedagogo.

Website: http://www.joaolavor.com.br

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